Escola Militar Aeronáutica da Força Aérea Nacional
História

História

Em 1997, na sequência do Acordo de Cooperação Técnico-Militar (CTM), em matéria de Defesa, assinado, em 3 de outubro de 1996, entre o Governo da República Portuguesa e o Governo da República de Angola, foi endereçada à Força Aérea Portuguesa uma proposta para cooperar na reactivação da capacidade formativa de pilotos, no âmbito da Força Aérea Nacional (FAN), bem como na formação de pessoal de apoio à actividade aérea.

A formação de pilotos, na Força Aérea Nacional, fora interrompida em 1992 e, desde então, não houvera sido retomada. Tornava-se imperioso formar pilotos que pudessem guarnecer as unidades aéreas da FAN, visando a consecução das missões que lhes estavam atribuídas e, em simultâneo, formar técnicos para as várias especialidades de suporte à atividade aérea.

Inicialmente, foram identificadas as áreas de formação que melhor contribuiriam para as necessidades da FAN e que incluíam os cursos de pilotagem, manutenção de aeronaves, armamento e equipamento, controlo de tráfego aéreo, meteorologia e assistência e socorro.

Pretendia-se, assim, proceder à ativação do Centro de Instrução do Lobito, tendo, desde logo, ficado estabelecido a constituição de duas componentes de instrução distintas e que respondiam, na íntegra às necessidades acima expressas: a componente de Pilotagem e a componente de Formação Técnica.

Em 19 de março de 1998, é assinado o Protocolo para apoio à reestruturação e funcionamento da Escola de Aviação do Lobito e, volvidas três semanas, nasce, no terreno, o progenitor do Polo de Atividade do Lobito.

Tomando, nessa altura, a designação de Sub-Projeto 5B, era suportado por uma assessoria permanente da Força Aérea, constituída pela Unidade Móvel de Instrução (UMI), chefiada por um oficial superior piloto aviador (ou piloto) e mantendo em permanência mais três elementos (um oficial piloto instrutor, um oficial técnico de manutenção de material aéreo e um sargento mecânico de material aéreo). No apoio à formação de militares angolanos que desempenhavam funções nas áreas de apoio à atividade aérea, a UMI era reforçada, sempre que necessário, por técnicos das áreas de formação a desenvolver.

Com o decorrer dos anos e com a implementação de diferentes Programas-Quadro (PQ), da CTM luso-angolana, o Sub-Projeto 5B foi tomando outras designações, sem que se registasse grandes alterações naquilo que era o objetivo inicial presente no Protocolo de 1998. Em 2000, passou a designar-se Projeto 5B; em 2002, tomou a designação de Projeto 12; em 2007, passou a Projeto 10 e, finalmente, à luz do actual PQ 2011-2014, passou a designar-se Polo de Atividade do Lobito, fazendo parte do Projeto 9 – Força Aérea Nacional -, que é o único Projeto de CTM, em Angola, da responsabilidade técnica da Força Aérea Portuguesa.

Atualmente, o Polo de Atividade do Lobito presta apoio técnico e pedagógico aos cursos da Escola Militar Aeronáutica da Força Aérea Nacional (EMAFAN), ela própria descendente e herdeira de todo o acervo da Escola de Aviação do Lobito e mantém o mesmo figurino de 4 militares. Sempre que se revelar necessário, no âmbito da formação nas áreas de apoio à atividade aérea, o Polo de Atividade do Lobito é reforçado com assessorias temporárias protagonizadas por técnicos das áreas de formação a desenvolver.

Nos 15 anos que leva de atividade, o Polo do Lobito, quer através de cursos de instrutores de pilotagem e de instrutores das áreas técnicas, quer através de cursos de formação pedagógica de formadores, interveio na qualificação de um conjunto de militares angolanos, pertencentes à EMAFAN e a outras unidades da FAN, dotando-os de habilitação técnico-pedagógica adequada para ministrar instrução, contribuindo, dessa forma, para a consolidação de um corpo de instrutores e formadores, na FAN, capaz de gerar militares que enobreçam a Instituição e solidifiquem a sua competência técnica e científica.

O Polo do Lobito interveio, ainda, através de ações de cooperação, na formação técnica de centenas de militares, pertencentes a diferentes especialidades que compõem o Quadro Orgânico da FAN, devendo sublinhar-se a formação de dezenas de pilotos que, atualmente, exibem o seu talento aos comandos das mais diversas aeronaves, militares e civis, que, diariamente, rasgam os céus de Angola.

 

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